"Estamos provando que parceria é possível quando a gente está integrado, construindo o futuro do Rio Grande do Sul", disse o governador - Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini Dirigentes da administração direta e indireta do Executivo estadual participaram, na tarde dessa quarta-feira (13), do 3º Seminário de Governo, no Centro de Treinamento do Banrisul, na Zona Sul de Porto Alegre. O encontro serviu para alinhar informações, fazer um balanço da gestão e fortalecer a integração entre as equipes. As principais realizações do governo foram apresentadas em quatro painéis, divididos pelos eixos do Acordo de Resultados: Gestão, Econômico, Social, e Infraestrutura e Meio Ambiente. Os resultados alcançados pela gestão Sartori, nesses três anos de governo, foram publicados em uma cartilha. "Vivemos um momento de desafio. Nós não criamos a crise, mas foi preciso enfrentá-la desde o primeiro dia. E estamos enfrentando com a cabeça erguida e de forma transparente. Temos que trabalhar coletivamente. Estamos provando que parceria é possível quando a gente está integrado, construindo paulatinamente o futuro do Rio Grande do Sul", destacou o governador José Ivo Sartori. O vice-governador José Paulo Cairoli acrescentou que essa gestão "deixará um Estado melhor do que pegou”. Os primeiros dois painéis destacaram as ações dos eixos Gestão e Econômico.
Gestão Desde 2015, um plano consistente de Estado está sendo implementado. Todas as ações de governo são monitoradas e avaliadas por uma nova ferramenta de gestão: o Acordo de Resultados, que monitora 56 projetos prioritários, 1.146 indicadores e 2.120 entregáveis. Foram feitas mudanças estruturais profundas, como a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, que impedirá governantes de deixarem contas a pagar. A Lei de Previdência Complementar saneará, em longo prazo, o déficit da previdência estadual. "São mudanças estruturais. Isto faz um governo de coragem: propõe mudanças de paradigmas, atendendo a cobrança da sociedade", afirmou o chefe da Casa Civil, Fábio Branco. De forma pioneira, o governo implantou a lógica do Orçamento Realista, em consenso com os demais Poderes, na qual a peça orçamentária apresenta os números de forma transparente e sem mágicas contábeis.
Relação com a União Com esforço e persistência, o governo renegociou a dívida com a União, baixando a taxa de juros de 6% para 4%, o que reduzirá o estoque da dívida em cerca de R$ 22 milhões. E para auxiliar este e os futuros governos na superação da crise financeira, o governo está empenhado em aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Com a adesão ao RRF, o Estado terá uma carência de até 36 meses, prorrogáveis por mais 36, para o pagamento da parcela da dívida com a União. Isso vai aliviar o caixa do Estado em R$ 11,3 bilhões até 2020. O RRF abre espaço para o Rio Grande do Sul contratar novos financiamentos para investimentos. Além disso, o Estado segue buscando os ressarcimentos da Lei Kandir (compensação pela isenção fiscal em exportações), totalizando R$ 20,16 bilhões entre 2018 e 2023.
Na segunda parte do Seminário de Governo os debates foram sobre dois eixos considerados prioritários para o governador José Ivo Sartori e equipe: Social e da Infraestrutura e Meio Ambiente. Desde que assumiu a gestão em 2015, Sartori sempre deixou claro que o poder público precisa oferecer serviços de qualidade a todos os gaúchos, mas principalmente aos que mais precisam de assistência. "Estipulamos metas e fizemos o Acordo de Resultados para que a gestão seja diferente, mais eficiente e enxuta, para servir melhor à sociedade. O futuro do Rio Grande depende muito do que estamos plantando agora", afirmou na abertura. "Qual o sentido do Estado se não é para atender as pessoas?", questionou o vice-governador, José Paulo Cairoli, indo na mesma linha do governador. A secretária do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos e do Gabinete de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori, destacou algumas das inúmeras políticas sociais do governo. Maria Helena falou da grande rede de cuidado e proteção existente no RS, começando com as gestantes e os bebês no programa Primeira Infância Melhor (PIM). "O que a gente faz pelas nossas crianças na fase inicial vale para a vida toda. O PIM é um sucesso e serviu de inspiração ao programa Criança Feliz, do governo federal. Com as duas iniciativas, vamos ampliar o atendimento domiciliar, porque é um trabalho que faz toda a diferença", disse.
Secretária Maria Helena destacou principais ações sociais para crianças e jovens. Dani Barcellos/Palácio Piratini Cuidado com crianças e jovens Maria Helena também citou as Cipaves (Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar), que promovem a cultura da paz em ambiente escolar e estão presentes em mais de 90% das escolas estaduais. "Essas comissões funcionam porque envolvem alunos, professores, pais e autoridades. As crianças aprendem que respeito se conquista com respeito e cuidando das escolas. E percebem que o diálogo pode resolver muitos problemas", ressaltou. Além das políticas mais focadas na infância e na adolescência, a secretária destacou as ações para a juventude. "Nossos jovens precisam de oportunidades. Por isso, eu tenho muito orgulho do POD, o Programa de Oportunidades e Direitos", lembrou. Com US$ 56 milhões de financiamento do BID e uma pequena contrapartida do Estado, o programa tem diversas linhas de atuação, mas o foco principal é a redução da violência entre indivíduos de 15 a 24 anos. Por isso, estão sendo construídos seis Centros da Juventude (quatro em Porto Alegre, um em Alvorada e um em Viamão). "São locais comunitários que beneficiam 3,6 mil jovens por ano. Eles são estimulados a estudar, têm acesso à cultura e ao esporte e, principalmente, recebem capacitação profissional para entrar no mercado de trabalho", explicou.
Combate à criminalidadeSe, por um lado, cuidar das crianças e dos jovens é fundamental para prevenir a exclusão social e a violência, por outro, é preciso agir quando os problemas são uma realidade. O secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, mostrou o que tem sido feito para reduzir o crime no Rio Grande do Sul. "Quero dizer, governador Sartori, que nos últimos 20 anos nenhum governo fez mais do que o seu pela Segurança Pública. A segurança foi eleita como prioridade. Uma das provas é a ampliação do orçamento da pasta: um incremento de 19% em 2017 e de 26% no ano que vem", informou. Segundo Schirmer, "nenhum governo fez mais pela Segurança Pública em 20 anos". Dani Barcellos/Palácio Piratini Schirmer elencou uma série de decisões tomadas para atender aos apelos da comunidade. Citou, por exemplo, a autorização para o maior concurso público da Segurança Pública do Estado. No total, serão 6,1 mil profissionais: 4,1 mil soldados e 200 oficiais para a Brigada Militar (BM), e 450 soldados e 50 oficiais para o Corpo de Bombeiros. Na Polícia Civil, o governo autorizou um concurso para 1,2 mil inspetores e escrivães e 100 delegados. "São muitas as ações. Fizemos a Operação Pulso Firme, que transferiu 27 líderes de facções para presídios federais em outros estados. Foi a maior ação integrada da história, com envolvimento de 20 instituições. Não temos mais presos em viaturas e delegacias. E ainda vamos entregar 208 viaturas para a BM no próximo dia 21", enfatizou.
Cezar Schirmer fez referência à construção do Centro Integrado de Excelência em Perícias Criminais do Sul, que ultrapassa os 30 por cento da obra concluídos e investimento de R$ 30 milhões, verba do Governo Federal e contrapartida do Estado do RS. O governo também tem investido na ampliação e na melhoria do sistema penitenciário. Alguns exemplos são a Penitenciária de Canoas 2, inaugurada em outubro, com capacidade para 805 vagas em regime fechado (cerca de 350 já ocupadas), e a Penitenciária de Canoas 1, com capacidade para 393 vagas. O Complexo Penitenciário de Canoas possui, no total, 2.808 vagas.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP/RS) foi representado no Seminário de Governo pelo diretor-geral Eduardo Lima Silva, o diretor-geral substituto e supervisor técnico, Jackson Dombrowski, o diretor do Departamento de Criminalística (DC), Paulo Frank, as diretoras do Departamento de Perícias do Interior (DPI), Marília da Costa Ribas, Departamento de Perícias Laboratoriais(DPL) substituta, Juliana Piva de Almeida, o papiloscopista Eduardo Lourenço, representando o Departamento de Identificação (DI), o diretor administrativo Hóris Rizzon, o corregedor-geral, André Luiz Martinelli e o chefe de gabinete, João Cardona. Para descontrair, seminário terminou com palestra do publicitário Dado Schneider. Dani Barcellos/Palácio Piratini Texto: Vanessa Felippe Edição: Gonçalo Valduga/Secom Edição e fotos – Norberto Peres – DG – Ascom IGP/RS em 14/12/2017
|