A Direção-Geral do IGP, na pessoa do diretor Cleber Ricardo Teixeira Müller, assessores do Gabinete e demais servidores, cumprimentam pelo aniversário o perito criminalístico ÁUREO LUIZ FIGUEIREDO MARTINS, que durante 8 anos respondeu pela direção-geral da Instituição, colaborando decisivamente para a evolução da Perícia Oficial do RS.

Em 13/03/2015      

A figura do perito médico-legista LEANDRO NIN THOLOZAN se confunde com a própria história da perícia no interior do Rio Grande do Sul. São 29 anos de profissão e a experiência de ter residido em Montevidéu, São Paulo, Santa Maria e, há muitos anos, em Santana do Livramento, bem na fronteira dos países que ele ama. Uruguaio de nascimento, natural da cidade de Salto, mas naturalizado brasileiro desde 1992 (32 anos). Livramento é a cidade que escolheu para viver, casar e criar os filhos.

Tholozan é um sujeito muito bem humorado. É comum vê-lo sorrindo, achando graça de algumas das muitas histórias que guarda na memória. As tristezas, dificuldades, os dramas de uma profissão que lida com a morte e que coloca frente à frente com a nossa limitação humana, ele encara com naturalidade.

O caminho trilhado para chegar a ser um dos profissionais mais experimentados no ofício da perícia médico-legal brasileira, começou com três anos de estudo na área do Direito. Ainda em território uruguaio ele recorda os tempos do DPTC – Departamento de Polícia Técnico-científica, cuja experiência foi decisiva na condição de pioneiro que viria a assumir mais tarde, na fronteira entre o Brasil e Uruguai. “Naquele tempo, nos anos 70, não havia a mínima infraestrutura para se fazer uma necropsia. Muitas vezes, no meio do mato, era preciso improvisar, adaptar, criar condições para poder realizar o trabalho. Com esforço e insistência fomos conseguindo espaço, instrumentos, pessoas que se dispusessem a auxiliar, a serem treinadas, sem que se tivesse, por parte das pessoas, de um modo geral, a compreensão do valor de se apurar o que levou determinada pessoa a óbito” – relembra.

Sobre o enigma ‘MORTE’, com a qual convive diariamente, Leandro Tholozan faz questão de separar bem as coisas: - “Na condição de médico-legista a morte é campo de trabalho e me motiva a entender o que aconteceu, o que levou aquele ser humano a deixar de viver. E isso é sempre intrigante!”- afirma.
Na condição de ser humano, questionado a respeito, Tholozan não é bem claro em relação a convicções religiosas, vida após a morte, essas coisas... muito embora se valha do exemplo de Carlos Drummond de Andrade para “filosofar” a respeito. Conta que, certa feita um jornalista perguntou ao poeta se acreditava em Deus. Drummond, com a serenidade de sempre, respondeu de maneira simples: “Como não considerar a figura de Deus, afinal, estou vivo, não?!?!?!?”

Casado há 38 anos e pai de três filhos, um deles farmacêutico, Leandro Nin Tholozan coordena a 7ª CRP – Coordenadoria Regional de Perícias , sediada em Livramento. Já teve a oportunidade de transmitir conhecimento, experiência e toda a ‘bagagem’ profissional acumulada, durante o período de três anos em que lecionou na Universidade Regional da Campanha (URCAMP), unidade de Santana do Livramento.
Na rápida passagem que teve pela capital gaúcha, na primeira semana de março, veio cumprimentar o diretor-geral do IGP, Cléber Müller, desejando sucesso à nova administração. “Há muito a ser mostrado à sociedade em relação ao trabalho da perícia.” – concluiu ele.