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IGP PARTICIPA DE GRUPO DE TRABALHO SOBRE ACIDENTALIDADE
ImageO Instituto-Geral de Perícias (IGP), representado pelo perito criminal engenheiro RODRIGO KLEINUBING participou na última quarta-feira (30/09) da reunião no Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS). O evento marca a formação de um Grupo de Trabalho para avaliar a questão dos acidentes de trânsito com veículos da frota.

ImageKleinubing, com larga experiência em perícias de acidentes fará o trabalho de análise dos laudos emitidos em sinistros, a fim de contribuir para o levantamento estatístico. O DETRAN-RS, que desenvolve projetos na área de estatística e o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) também participam do Grupo, juntamente com a Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal.

Texto – Norberto Peres – DG – Ascom IGP/RS em 02/10/2015
Fotos – IGP – Engenharia DC     
 
SEGURANÇA PÚBLICA DO RS É DESTAQUE NA TV
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Nessa noite de segunda-feira (30), na Sala de Imprensa do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI), da Secretaria Estadual da Segurança Pública, em Porto Alegre, foi transmitido, ao vivo, o Programa TV COM 20 horas, com a presença do secretário WANTUIR JACINI e representantes de órgãos vinculados à Pasta. Durante uma hora foram abordados pelas jornalistas VANESSA DA ROCHA E CAROLINA ABELIN, vários aspectos ligados ao Plano Estadual de Segurança Pública, bem como ações de policiamento ostensivo, investigação, combate às drogas e incremento da atuação pericial.

No primeiro bloco, o secretário Jacini esclareceu algumas questões ligadas à Segurança Pública do RS manifestadas por ele durante entrevistas à Imprensa e que foram mal interpretadas. Confira no link http://videos.clicrbs.com.br/rs/tvcom/ A seguir, o tenente-coronel IKEDA, comandante do Policiamento da Capital da Brigada Militar anunciou, principalmente, a BM não tem prazo para deixar o Complexo da Vila Cruzeiro.

Na sequência, o delegado EMERSON WENDT, titular do Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc – Polícia Civil) falou sobre gestão na área de combate às drogas, seguido pelo tenente-coronel JÚLIO CÉSAR ROCHA, diretor do DCCI, cujas instalações, segundo ele, representam um legado positivo da Copa de 2014.

O TV COM 20 horas, no segmento final, destacou a Perícia Oficial Gaúcha com a participação do diretor-geral do IGP, perito criminalístico CLEBER RICARDO TEIXEIRA MÜLLER. Dentre outras questões, ele salientou o avanço das obras do CENTRO REGIONAL DE EXCELÊNCIA EM PERÍCIAS CRIMINAIS, novo prédio do Instituto-Geral de Perícias, que será referência em nível nacional e um dos mais modernos do gênero em toda a América Latina.
Acesse o link http://videos.clicrbs.com.br/rs/tvcom/video/20-horas/2015/09/tvcom-horas-instituto-geral-pericias-tem-quadro-pessoas-reduzido-somente-2015-30-09-2015/137507/ para conferir na íntegra a manifestação do diretor-geral do IGP.
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Texto e fotos – Norberto Peres – DG – IGP/RS em 1º/10/2015
 
A LUTA CONTRA A DROGADIÇÃO É TEMA DE DEBATE NA ASSEMBLEIA DO RS

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“CONSUMO DE DROGAS É RESPONSÁVEL POR 62 POR CENTO DOS HOMICÍDIOS NO RS!”

“AS DROGAS SÃO O MAIOR PROBLEMA PARA A SEGURANÇA PÚBLICA, EM VIRTUDE DOS CRIMES CONEXOS!”

“NUNCA SE PRENDEU TANTA GENTE NO RS E NUNCA SE APREENDEU TAMANHA QUANTIDADE DE DROGAS!”


WANTUIR JACINI – SECRETÁRIO ESTADUAL A SEGURANÇA PÚBLICA

O secretário de Estado da Segurança Pública do RS, WANTUIR FRANCISCO BRASIL JACINI, ao lado dos colegas CESAR FACCIOLI, da Justiça e Direitos Humanos e JOÃO GABBARDO DOS REIS, secretário estadual da Saúde e representante do Governador JOSÉ IVO SARTORI, participaram do Fórum “A LUTA CONTRA A DROGADIÇÃO”, nessa segunda-feira (28), no Teatro Dante Barone, no evento promovido pela Assembleia Legislativa do Estado. Os gestores públicos abordaram "Políticas Públicas - O papel do nosso Estado”, dentro da temática da drogadição proposta para o turno da manhã no 5º FORUM DOS GRANDES DEBATES.

Com mais de trinta anos dedicados à carreira policial, Wantuir Jacini apresentou uma análise clara, objetiva e fundamentada em números a respeito de um problema que, segundo ele, é a base do Plano Estadual de Segurança Pública do Rio Grande do Sul: o  enfrentamento às drogas. “As drogas são a origem de todos os crimes conexos e que mais impactam a sociedade, como os crimes contra a vida e contra o patrimônio. A política de enfrentamento às drogas está fundada nos seguintes eixos: inteligência policial e artificial; atuação da Corregedoria para possíveis desvios funcionais; capacitação; investigação qualificada; investigação dos crimes de lavagem de dinheiro; integração com as secretarias da Educação, Justiça e Saúde; integração com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público e Poder Judiciário, além da cooperação internacional” – enfatizou o secretário Jacini.

Apoiado em dados estatísticos e recursos visuais da SSP, Brigada Militar, Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias (IGP), WANTUIR JACINI foi questionadoImage pela platéia após a explanação que fez. E a todos respondeu com a firmeza de quem conhece o problema da drogadição e as implicações internacionais. O secretário da Segurança Pública do RS foi presidente da IDEC - CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE COMBATE ÀS DROGAS - CONE SUL, abrangendo, além do Brasil, a Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, ainda no biênio 1998/99, além de ter ocupado diversos cargos no âmbito do Departamento de Polícia Federal nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

“Assim como aumentou o consumo, aumentou também a oferta” - alertou o secretário, registrando que estas são as faces de um mesmo fenômeno. “Desde 2006, o Brasil passou a ser classificado como um país de consumo de drogas, conforme classificação da Organização das Nações Unidas (ONU)” – recordou Jacini. “Só houve redução nessa pandemia quando colocaram leis mais rígidas” - explicou o secretário ao enumerar países que decidiram implementar leis mais restritivas ao uso de drogas nos respectivos territórios.

Analisando com profundidade a questão da Segurança Pública no RS, Jacini revelou o estudo da SSP, realizado de janeiro a abril de 2015, que apontou um dado alarmante: 62% dos homicídios no Estado estão relacionados ao consumo de drogas. Também relatou o aumento na apreensão de drogas e prisões realizadas em 2015, em comparação com anos anteriores, e frisou que “o objetivo é reduzir o dano à saúde e prevenir o uso de drogas por grandes parcelas da sociedade, como já ocorre em outros estados brasileiros”.

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Já o secretário da Justiça e Direitos Humanos, Cesar Faccioli, se manifestou contrário à decisão majoritária dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o uso da maconha e disse temer que a medida resulte no aumento do consumo de entorpecentes no País. “O foco da atuação é a prevenção, mas sem negar as questões que envolvem a Segurança Pública e o consequente combate ao tráfico de drogas - esclareceu Faccioli, ao defender o trabalho integrado dos órgãos de Governo e sociedade civil.

Representando o governador José Ivo Sartori, o secretário da saúde, João Gabbardo dos Reis,  fez um extenso relato estatístico, mostrando a relação necessária que se estabelece entre o consumo de drogas e a elevação dos índices de violência e criminalidade. Ele defendeu que as práticas de saúde devem individualizar o atendimento aos usuários, como forma de identificar os encaminhamentos e tratamentos corretos a serem adotados.
Para Gabbardo, “a meta geral de todas as políticas de drogas busca a redução de danos e têm como objetivo a abstinência do usuário. A prevenção é o melhor caminho para reduzir o consumo de drogas e suas conseqüências, e para que isto ocorra é necessário envolver as escolas, a Educação” – disse ele.
O secretário Gabbardo destacou ainda que, “países que flexibilizaram a legislação em relação às drogas  estão voltando atrás, pois a medida acarretou maior disponibilidade de entorpecentes aos usuários, e o consequente incremento ao crime organizado.


Texto – Cristiane Viegas – Ascom SSP/RS e Norberto Peres – DG/Ascom IGP/RS em 29/09/2015
Fotos – Norberto Peres – DG/IGP/RS     

 
ESPECIAL CASO KISS - 1ª PARTE
RUA DOS ANDRADAS, 1925 – SANTA MARIA - RS
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Dois anos, sete meses e 22 dias se passaram.
Mas a experiência de estar pela primeira vez diante do prédio número 1925, na rua dos Andradas, bem no centro da cidade de Santa Maria (RS) é marcante. A antiga Boate Kiss, ponto de encontro de jovens para festas, diversão e entretenimento se transformou em um autêntico mausoléu. É difícil pensar que, neste local morreram 234 pessoas, a maioria jovens, e mais oito, nos meses que se seguiram à tragédia, totalizando 242 vítimas fatais, além de 680 feridos.
Dados oficiais dão conta de que o incêndio da Boate Kiss foi a quinta maior tragédia da história do Brasil, a maior do Rio Grande do Sul, a de maior número de mortos nos últimos cinquenta anos no Brasil e o terceiro maior desastre em casas noturnas no mundo. Curiosamente, dos 242 óbitos registrados em uma ocorrência de incêndio, nenhuma das vítimas morreu carbonizada.
De acordo com a perícia, vários fatores contribuíram para que a tragédia se consumasse.

ImageO principal deles, a fumaça produzida pela queima de espuma, concentrada no teto da Boate e com o objetivo de desempenhar o isolamento acústico. Por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro de 2013, a chama de um artefato pirotécnico utilizado pelo conjunto musical que se apresentava naquela noite, deu início ao incêndio. Em poucos minutos a intoxicação pelo cianeto provocou a morte instantânea de 235 pessoas.

O cianeto e o monóxido de carbono, apontados pelo laudo técnico como a causa da morte dos estudantes são substâncias encontradas na natureza e também produtos da atividade humana. No caso do cianeto, dentre os usos caseiros e industriais, estão: fumigação de navios e edifícios, esterilização de solos, metalurgia, polimento de prata, inseticidas e venenos para ratos. A população está exposta por causa da fumaça dos automóveis, dos gases liberados pelas incineradoras e também por causa da fumaça resultante da combustão de materiais contendo cianetos, como os plásticos. As pessoas mais expostas são metalúrgicos, bombeiros, mineiros, operários de indústria de plásticos, dentre outros.

O organismo consegue neutralizar o cianeto combinando-o com enxofre para formar o tiocianato, que é eliminado na urina. Se a quantidade é demasiada, o cianeto excedente se une à enzima citocromo oxidase das hemácias, causando privação de oxigênio para as células do sangue. A morte acontece por parada cardíaca e respiratória, uma vez que o cérebro e o coração, órgãos vitais e que dependem de muito oxigênio, ficam privados dele.
 
ImageOutros aspectos que foram considerados pela perícia na análise do local: a superlotação da casa de espetáculos. Mais de mil pessoas estavam na Boate Kiss na noite da tragédia e a capacidade máxima, tendo em vista as dimensões do prédio, não poderia ultrapassar a 700. Além disso, segundo testemunhas, houve falha na comunicação com a equipe de seguranças, quando o incêndio teve início, junto ao palco, no fundo da Boate. Os agentes perceberam o tumulto mas, pensando que se tratava de uma briga, não facilitaram a saída das pessoas pela porta principal. A maior parte das vítimas buscou refúgio nos banheiros, onde não havia acesso à parte externa do prédio.

O DIA 27 DE JANEIRO NA HISTÓRIA
As características do ambiente que provocou a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul, acidentalmente, se tornaram semelhantes aos métodos de execução em massa, utilizados pelos alemães, nos Campos de Concentração, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nos livros de história há registros de como os nazistas eliminavam centenas de judeus, em pouco tempo, nas chamadas CÂMARAS DE GÁS.
“...as câmaras de Auschwitz comportavam 800 pessoas – se houvesse lotação, quem sobrava era executado a tiros na hora. Quando o veneno começava a fazer efeito, as pessoas se distanciavam das saídas de gás e se amontoavam nas portas. Crianças e idosos eram esmagados por causa do pânico geral

NUVEM LETAL
O gás venenoso, baseado em CIANETO de hidrogênio, interferia na respiração celular, tornando as vítimas carentes de oxigênio. O resultado era morte por sufocamento, após crises convulsivas, sangramento e perda das funções fisiológicas. A morte era lenta e dolorida. Em média, da inalação ao óbito, o processo durava 20 minutos.
Para os sobreviventes do Campo de Concentração de Auschwitz, o terror diante da ameaça de morrer numa câmara de gás terminou justamente no dia 27 de janeiro de 1945, quando os russos invadiram Auschwitz e libertaram a todos. Por coincidência, naquele ano, 27 de janeiro foi um sábado, assim como em 2013.
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ESPECIAL CASO KISS - 2ª PARTE
O IGP NA TRAGÉDIA DA BOATE KISS
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A semana que começa assinala o agendamento de um novo capítulo no processo judicial instaurado a partir da tragédia na Boate Kiss. Na próxima quarta-feira, dia 23 de setembro, começam os depoimentos dos servidores do IGP/RS que atuaram no caso. Razão pela qual vamos ressaltar o trabalho de nossos servidores na maior tragédia da história do Rio Grande do Sul. É um novo capítulo que se abre na série que marca os 18 anos de existência do Instituto-Geral de Perícias.
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A cidade de Santa Maria tem uma população que gira em torno de 275 mil habitantes, cidade universitária onde residem pessoas de várias regiões do RS, de outros estados brasileiros e até estudantes de nacionalidades diversas. Devido à localização central e estratégica, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) conta com uma Coordenadoria Regional de Perícias naquele município a 5ª CRP. Mesmo demandada por diversos municípios, a estrutura dos Postos de Criminalística (PC), Posto Médico-Legal (PML) e Posto de Identificação (PI) jamais vivera uma experiência como aquela. A madrugada de 27 de Imagejaneiro de 2013 marcou para sempre a trajetória profissional de muita gente. No propósito de resgatar a atuação dos servidores do IGP na tragédia da Kiss, o diretor-geral, perito criminalístico CLEBER RICARDO TEIXEIRA MÜLLER, acompanhado do diretor do Departamento de Perícias do Interior (DPI), perito criminal MARCO ANTONIO AURÉLIO CURCIO, o corregedor-geral da Instituição, perito criminal ANDRÉ LUIZ MARTINELLI SILVA e o diretor da Divisão de Tecnologia da Informação, ANDRÉ LUIZ DA SILVA ASSIS, promoveu um encontro no Posto Médico-Legal de Santa Maria, na atrde de 02 de setembro último. Durante duas horas, oito peritos médico-legistas e a perita responsável pelo local da tragédia recordaram a delicada operação daquele fim de semana.

A coordenação de todo o trabalho de identificação e coleta de material para análise de laboratório em relação às vítimas, teve a coordenação de MARIA ANGELA ZUCCHETTO, perita médico-legista e coordenadora da 5ª CRP até hoje. Entre manifestações objetivas e a discussão de critérios técnicos adotados, contendo as lágrimas diante de uma ou outra lembrança de maior impacto, ela expôs ao diretor-geral do IGP o drama de conviver com uma experiência profissional inédita e marcante. Na semana seguinte, depois de recordar algumas vivências que fugiram à memória, a perita Zucchetto enviou um depoimento sobre o Caso Kiss:
Image“Não se tem como falar no ‘pós tragédia’ sem que se fale na tragédia.
Em 28 anos de profissão jamais tinha passado por algo parecido. Nem em pesadelo isso havia passado pela cabeça dos funcionários do IGP, que, diga-se de passagem, estão ambientados com a perda e com a tristeza que vivenciam nos locais de crime e nas dependências dos postos de medicina legal. O máximo que vivenciei foram cinco cadáveres juntos, de militares do Exército que voavam em um helicóptero, na região de Ijuí e que foram, a pedido, necropsiados em Santa Maria. Sei de outro colega que, durante um final de semana, teve que realizar 10 necropsias. Esse foi o nosso máximo.
Quando os peritos da Criminalística me ligaram às 3h40min do dia 27/01/2013 achei que estavam exagerando quando calcularam que,  além das 15 pessoas que estavam estendidas no chão do estacionamento próximo à boate, mais 30 pessoas aproximadamente haviam perdido a vida. E como esse número passou para 234 o impacto foi outro. O pavor tinha que dar lugar à ação. E foi o que fizemos de uma maneira que, o pouco que tínhamos, transformou-se no máximo. Fizemos o nosso trabalho no Centro Desportivo Municipal (Médicos Legistas, Auxiliares, hoje Técnicos em Perícias, Peritos Criminais, Fotógrafos Criminais, Papiloscopistas e auxiliares administrativos) com eficiência e em tempo considerável (menos de 24 horas) para a liberação dos 234 corpos. Sabíamos que os familiares desejavam levar seus queridos dalí com a maior celeridade,  mas tínhamos que fazer o nosso trabalho. O momento era aquele. Profissionais como nós trabalhavam no lado onde não mais havia esperança, só presenciamos dor e desespero quando familiares encontravam e reconheciam seus queridos.
                        
Finda a jornada chegava a hora de voltarmos para casa com o sentimento de que nos dedicamos de corpo e alma literalmente, que fizemos o nosso melhor, num cansaço até então nunca sentido, mas faltando alguma coisa pois o sentimento de perda assolava a todos que participaram do trabalho. E não tinha como ser diferente. Acredito que meus colegas não tiveram problemas em dormir naquela noite,  pois a fadiga física era maior que qualquer resquício de trauma pela situação.

Por vários dias ficamos envolvidos com a preparação dos materiais biológicos a serem encaminhados ao Laboratório do IGP em Porto Alegre. DepoisImage vieram dias de leitura de bibliografia, dias intermináveis para os auxiliares administrativos que,  incansavelmente dedicaram-se a digitalizar todos os dados das 234 pessoas nos futuros laudos necrológicos, dias intermináveis de recebimento de laudos laboratoriais (resultados de sangue e urina coletados de cada cadáver), para a Criminalística foram dias de incontáveis retornos ao local do sinistro, para elucidação de qualquer dúvida que surgisse, até que, enfim, pudemos concluir os laudos e encaminhá-los ao Delegado de Polícia encarregado do inquérito.

Aí parecia tudo ter terminado e todos se sentindo literalmente aliviados, como se nunca tivessem passado por nada daquilo... passado é passado! Ledo engano. Já durante o processo imediato pós tragédia alguns começaram com distúrbio do sono, introspecção, ansiedade, sintomas de pânico, falta de ar, tristeza além da conta, parestesias. E para completar não havia sequer uma pessoa que conversássemos que não abordasse o assunto. Chegou o máximo de uma pessoa ter ligado para minha casa, convidando-me para tomar um chimarrão para eu contar tudo que havia acontecido. Essa é uma pessoa sem noção.
O que queríamos naquele momento era “esquecer” tudo que passamos.
JAMAIS ESQUECEREMOS!
Agora dói menos, pois o tempo tudo cura. Mas transcorridos tantos dias ainda somos interrogados sobre o ocorrido, em qualquer lugar que se vá; durante conversas alguém sempre quer nos contar que conhecia um(a) que perdeu a vida na tragédia, que um vizinho era parente de pessoas que ficaram hospitalizadas. Por vezes o nosso trabalho não deixa o tempo agir,  pois temos que entregar laudos aos familiares das vítimas, elaborar novos laudos dos que ficaram hospitalizados e sobreviveram, atendendo-os com mais cuidado do que o rotineiro e parece que isso tudo não terminará nunca. A próxima etapa é o depoimento no Judiciário. E aí acabará? Acredito que as pessoas da cidade levarão consigo cicatrizes para sempre dessa tragédia. Em alguns, cicatrizes mais profundas, noutros mais superficiais.
Mas não seremos mais os mesmos".

 
ESPECIAL CASO KISS - FINAL

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É certo que o efetivo do IGP/RS lotado na 5ª Coordenadoria Regional de Perícias (CRP), sediada em Santa Maria, não seria suficiente para absorver a demanda de uma tragédia do tamanho que o incêndio na Boate Kiss originou. E muitos colegas de outras cidades gaúchas se apresentaram espontaneamente para ajudar. Peritos médico-legistas, papiloscopistas, técnicos em perícias e até mesmo fotógrafos criminalísticos se dispuseram a colaborar no que fosse necessário. Alguns profissionais já em fim de carreira, hoje aposentados, mas que registraram a presença nesta página dolorosa na história do Rio Grande do Sul. A maior parte deles compareceu à reunião do dia 02 de setembro passado, inclusive gente que mora longe de Santa Maria.

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Outros preferiram não se manifestar. Ou fazê-lo de maneira sucinta, como ELIZEU GARCIA, perito médico-legista, residente no município de Santiago, distante 152 Km de Santa Maria.

Apesar de estar acostumado com a perícia médico-legal, este episódio em particular, me causou forte impacto e muitas reflexões - pela forma como aconteceu, por serem muitos jovens, pelo tamanho da tragédia, por refletir sobre a situação dos pais das vítimas(naquela madrugada meu filho, que estuda em Santa Maria, me ligou e falou: - "Aconteceu um acidente grave numa festa aqui e já morreram 40 pessoas, mas eu só quero avisar que estou em casa"). Parecia que se teria que dar uma explicação para confortar cada família, mas confesso que não achei explicação”.

Os peritos médico-legistas de Santa Cruz do Sul - BRUNO SCHINKE e EDUARDO GRÖHS e de Cachoeira do Sul, MARIO CÉSAR BOTH, foram lembrados pelos colegas durante a reunião com o diretor-geral do IGP.

ImageNo dia 25 de agosto de 2015, primeiro dia do 5º SEMINÁRIO DE ESTUDOS, PESQUISAS E INOVAÇÕES DO IGP, na Teatro Dante Barone (Assembleia Legislativa do RS), esteve reunida outra equipe de trabalho. Outros profissionais que participaram da Operação Kiss, relataram as experiência vividas, e comentaram a integração entre os Departamentos do IGP, numa das palestras do evento.Na ocasião foi ressaltado o papel extraordinário da Base Aérea de Santa Maria, não somente no translado das vítimas gravemente feridas para os hospitais de Porto Alegre, mas também a viabilidade de contar com profissionais qualificados do IGP, lotados na Capital, na tarefa de identificação de tantas vítimas fatais, que foram levados às pressas até Santa Maria. Destes, a lista de nomes é extensa:

CRISLE VIGNOL DILLENBURG

TAIS CAMILO CONILL

MARCELO CAFFARATE

MARA REJANE DA COSTA MALHEIROS

FABIANE RENE BARELLA

FABIANA CAMARGO

ROBERTO FÁVARO FLORES

FÁBIO PEREIRA SILVA

ANAIDE CAVICHIOLI MENEZES

ANA JULIA POLETTO

LILIANE ITAQUI

RICARDO GERMANO STORCH

RODRIGO LEFFA

AIRTON CARLOS KRAEMER

 O registro do embarque em Porto Alegre e em atividade no Centro Municipal de Esportes de Santa Maria, trabalhando na coleta de impressões digitais das centenas de vítimas da Boate Kiss, aparecem os servidores da Seção Criminal e Necropapiloscópica, do Departamento de Identificação (DI), do IGP/RS:

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EDMÉIA VIANA DE OLIVEIRA

GABRIELA CARVALHO PINTO

JEFERSON BEMFICA DA SILVA

RENATA RIBEIRO DUARTE

A lista dos servidores engajados na Operação Kiss é ainda maior:

EDUARDO BUJES STUMVOLL

RAFAEL NASCIMENTO

CARLOS EDUARDO FALCÃO PEREIRA

FLÁVIA VIANA FERREIRA

TIAGO RODRIGUES MELO

PAULO ROBERTO RIBEIRO CÉSAR

DÉBORA DENICOL DO AMARAL

RENATE ASSMANN

MIRELA BLANDO MAINIERI

FABIANA DE SOUZA MELLO

MAURICIO CRAMER PROLO

FÁBIO DE SOUZA MELLO

 

 

É possível que algum servidor ou servidora não esteja na lista que pesquisamos.

O certo é que o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria da Segurança Pública e a direção do IGP reconhecem a dedicação e o esforço empenhados por todos. Em nome das famílias de uma lista de pessoas, infelizmente, muito maior.

 

ALAN RAÍ REHBEIN DE OLIVEIRA, ALEXANDRE AMES PRADO, ALEX GIACOMELLI, ALISSON OLIVEIRA DA SILVA, ALLANA WILLERS, ANA CAROLINE RODRIGUES, ANA PAULA ANIBALETO DOS SANTOS, ANA PAULA RODRIGUES, ANDRÉ CADORE BOSSER, ANDRESSA INAJA DE MOURA FERREIRA, ANDRESSA FERREIRA FLORES, ANDRESSA ROOZ PAZ, ANDRESSA THALITA FARIAS BRISSOW,ANDRIELI RIGHI DA SILVA, ANDRISE FARIAS NICOLETTI, ÂNGELO NICOLOSO AITA, ARIEL NUNES ANDREATTA, AUGUSTO CESAR NEVES, AUGUSTO MALEZAN DE ALMEIDA GOMES, AUGUSTO SERGIO KRAUSPENHAUER DA SILVA, BÁRBARA MORAES NUNES, BENHUR RETZLAFF RODRIGUES, BERNARDO CARLO ROBE, BIBIANA BERLEZE, BRADY ADRIAN GONÇALVES SILVEIRA, BRUNA BRONDANI PAPALIA, BRUNA CAMILA GRAEFF, BRUNA EDUARDA NEU, BRUNA KAROLINE OCCAI, BRUNO KRÄULICH, BRUNO PORTELLA FRICKS, CAMILA MASSULO RAMOS, CARLITOS CHAVES SOARES, CARLOS ALEXANDRE DOS SANTOS MACHADO, CAROLINA SIMÕES CÔRTE REAL, CÁSSIO GARCEZ BISCAINO, CECÍLIA SOARES VARGAS, CLARISSA LIMA TEIXEIRA, CRISLEY CAROLINE SARAIVA FREITAS DA PALMA, CRISTIANE QUEVEDO DA ROSA, DANIEL CECHIM, DANIEL KNABBEN DA ROSA, DANIELA BETEGA AHMAD, DANIELE DIAS DE MATTOS, DANILO BRAUNER JAQUES, DANRLEI DARIN, DAVID SANTIAGO DE SOUZA, DÉBORA CHIAPPA FORNER, DEIVIS MARQUES GONÇALVES, DIEGO COMIM SILVESTRI, DIONATHA KAMPHORST, PAULO DOUGLAS DA SILVA FLORES, DRIELE PEDROSO LUCAS, DULCE RANIERI GOMES MACHADO, ELISANDRO OLIVEIRA ROLIM, EMERSON CARDOSO PAIM, EMILI CONTREIRA ERCOLANI, ERICSON ÁVILA DOS SANTOS, ERIKA SARTURI BECKER, EVELIN COSTA LOPES, FÁBIO JOSÉ CERVINSKI, FELIPE VIEIRA, FERNANDA DE LIMA MALHEIROS, FERNANDA TISCHER, FERNANDO MICHEL VOGARINS PARCIANELLO, FERNANDO PELLIN, FLÁVIA DE CARLI MAGALHÃES, FLÁVIA MARIA TORRES LEMOS, FRANCIELE VIZIOLI, FRANCIELLE ARAUJO VIEIRA, FRANCIELI SOARES VARGAS, GABRIELA CORCINE SANCHOTENE, GABRIELLA DOS SANTOS SAENGER, GENI LOURENÇO DA SILVA, GILMARA QUINTANILHA OLIVEIRA, GIOVANE KRAUCHEMBERG SIMÕES, GREICY PAZINI BAIRRO, GUILHERME PONTES GONÇALVES, GUINO RAMÓN BRÍTEZ BURRÓ, GUSTAVO FERREIRA SOARES, GUSTAVO MARQUES DE GONÇALVES, HEITOR SANTOS OLIVEIRA TEIXEIRA, HEITOR TEIXEIRA GONÇALVES, HELENA POLETTO DAMBROS, HELIO TRENTIN JUNIOR, HENRIQUE NEMITZ MARTINS, HERBERT MAGALHÃES CHARÃO,IGOR STEFHAN DE OLIVEIRA, ILIVELTON MARTINS KOGLIN, ISABELLA FIORINI IVAN MUNCHEN, JACOB FRANCISCO THIELE, JADERSON DA SILVA, JANAINA PORTELA,JENNEFER MENDES FERREIRA, JÉSSICA ALMEIDA KONZEN, JOÃO ALOISIO TREULIEB, JOÃO CARLOS BARCELLOS, JOÃO PAULO POZZOBOM, JOÃO RENATO CHAGAS DE SOUZA, JOSÉ LUIZ WEISS NETO, JOSÉ MANUEL ROSA DA CRUZ, JULIA CRISTOFARI SAUL, JULIANA MORO MEDEIROS, JULIANA OLIVEIRA DOS SANTOS,  JULIANA SPERONE LENTZ, JULIANO DE ALMEIDA FARIAS, KAREN FERNANDA KNIRSCH, KELEN PEREIRA DA ROSA, KELLEN KARSTEN FAVARIN, KELLI ANNE SANTOS AZZOLIN, LARISSA HOLSBACH, LARISSA TERRES TEIXEIRA, LAURIANE SALAPATA, LEANDRA FERNANDES TONIOLO, LEANDRO AVILA LEIVAS,  LEANDRO NUNES DA SILVA, LEONARDO DE LIMA MACHADO, LEONARDO LEMOS KARSBURG, LEONARDO MACHADO DE LACERDA, LEONARDO SCHOFF VENDRÚSCULO, LETÍCIA BAÚ, LETÍCIA FERRAZ DA CRUZ, LETÍCIA VASCONCELLOS, LINCON TURCATO CARABAGIALLE, LOUISE VICTORIA, FARIAS BRISSOW, LUANA BEHR VIANNA, LUANA FACCO FERREIRA, LUCAS DIAS DE OLIVEIRA, LUCAS FOGGIATO,  LUCAS LEITE TEIXEIRA, LUCIANE MORAES LOPES, LUCIANO ARIEL SILVA DA SILVA, LUCIANO TAGLIAPETRA ESPERIDIÃO, LUIS CARLOS LUDIN DE OLIVEIRA, LUÍS FELIPE BALEST PIOVESAN, LUÍSA BATISTELLA PÜTTOW, LUIZ ANTONIO XISTO, LUIZ EDUARDO VIEGAS FLORES,LUIZ FERNANDO RIVA DONATI, LUIZ FERNANDO RODRIGUES WAGNER, LUIZA ALVES DA SILVA,  MAICON APOLINÁRIO CARDOSO, MAICON DOUGLAS MOREIRA IENSEN, MAICON FRANCISCO EVALDT, MANOELI MOREIRA PASSAMANI, MARCELO DE FREITAS SALLA FILHO, MARCOS ANDRÉ RIGOLI, MARFISA SOARES CAMINHA, MARIA MARIANA RODRIGUES FERREIRA, MARIANA COMASSETTO DO CANTO, MARIANA MACHADO BONA, MARIANA MOREIRA MACEDO, MARIANA PEREIRA FREITAS, MARIANE WALLAU VIELMO, MARILENE IENSEN CASTRO, MARINA DE JESUS NUNES, MARINA KETTERMANN CALLEGARO, MARTIM MASCARENHAS DE SOUZA ONÓFRIO, MARTON MATANA, MATHEUS DE LIMA LIBRELOTTO, MATHEUS ENGERS REBOLHO, MATHEUS PACHECO BRONDANI, MATHEUS RAFAEL RASCHEN, MAURÍCIO LORETO JAIME, MELISSA BERGUEMAIER CORREA, MELISSA DO AMARAL DALFORNO, MERYLIN CAMARGO DOS SANTOS, MICHELE FROEHLICH CARDOSO, MICHÉLI DIAS DE CAMPOS,MIGUEL WEBBER MAY, MIRELLA ROSA DA CRUZ, MONICA ANDRESSA GLANZEL, MURILO GARCEZ FUMACO, MURILO SOUZA BARONI SILVEIRA, NATANA PEREIRA CANTO, NATASHA OLIVEIRA URQUIZA, NATHIELE DOS SANTOS SOARES, NEIVA CARINA DE OLIVEIRA MARIN, OCTACÍLIO ALTÍSSIMO GONÇALVES, ODOMAR GONZAGA NORONHA, PÂMELLA DE JESUS LOPES, PAOLA PORTO RODRIGUES COSTA, PATRÍCIA PAZZINI BAIRRO, PAULA BATISTELLA GATTO, PAULA SIMONE MELO PRATES,PEDRO ALMEIDA, PEDRO DE OLIVEIRA SALLA, PEDRO FALCÃO PINHEIRO, PEDRO MORGENTAL SILVA, PRISCILA FERREIRA ESCOBAR, RAFAEL DE OLIVEIRA DORNELES, RAFAEL DIAS FERREIRA, RAFAEL PAULO NUNES DE CARVALHO, RAFAEL QUILIÃO E OLIVEIRA, RAFAELA SCHMIDT NUNES, RAQUEL DAIANE FISCHER, RHAISSA GROSS CÚRIA, RHUAN SCHERER DE ANDRADE, RICARDO CUSTÓDIO, RICARDO DARIVA, RICARDO STEFANELLO PIOVESAN, ROBSON VAN DER HAM, RODRIGO DELLINGHAUSEN BAIRROS COSTA, RODRIGO TAUGEN, ROGER BARCELLOS FARIAS, ROGER DALL'AGNOL, ROGÉRIO CARDOSO IVANISKI, ROGÉRIO FLORIANO CARDOSO, ROSANE FERNANDES RECHERMANN, RUAN PENDENZA CALLEGARO, SABRINA SOARES MENDES, SANDRA LEONE PACHECO ERNESTO, SANDRA VICTORINO GOULART, SHAIANA TAUCHEM ANTOLINI, SILVIO BEUREN JÚNIOR, STEFANI POSSER SIMEONI,SUSIELE CASSOL, TAÍS DA SILVA SCAPHIN DE FREITAS, TAÍSE CAROLINA VINAS SILVEIRA, TAÍSE SANTOS DOS SANTOS, TANISE LOPES CIELO, THAILAN DE OLIVEIRA, THAILAN REBHEIN DE OLIVEIRA, THAIS ZIMERMANN DARIF, THANISE CORREA GARCIA, THIAGO AMARO CECHINATTO, TIAGO DOVIGI SEGABINAZZI, UBIRAJARA SOARES BASTOS JUNIOR,VAGNER ROLIM MAROSTEGA, VANDELCORK MARQUES LARA JUNIOR, VANESSA VANCOVICHT SOARES, VICTOR DATRIA MACAGNAN, VINICIUS GREFF, VINÍCIUS MARCONATO UGGERI, VINÍCIUS MONTARDO ROSADO, VINÍCIUS PAGNOSSIM DE MORAES, VINICIUS SILVEIRA MARQUES DE MELLO, VITÓRIA DACORSO SACCOL, VIVIANE TÓLIO SOARES, WALTER DE MELLO CABISTANI, WICTON MARTINS SCHIMITZ.

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Texto, pesquisa e produção – NORBERTO PERES – DG – IGP/RS em 21/09/2015        

 
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